O apoio ao financiamento do Estado e de muitas instituições portuguesas de 2011 permitiu que os juros pagos não fossem disparatados e permitiu ganhar algum tempo para se colocarem as contas públicas com outro aspeto. Dito de outra forma, reestruturamos e reescalonamos a dívida sem que tivessos chamado os bois pelos nomes.
Para isso, o Estado deixou de levantar dinheiro no mercado e um trio (a troika) de instituições mundiais desempenhou o papel de cedência de liquidez.
As taxas a pagar andam pelos 3.5%, ...
... isto incluindo comissões e uma série de despesas com o processo. Ao que parece, as taxas mais altas são as cobradas pelo FMI.
Por outro lado, no mercado secundário as taxas a 10 anos baixaram os 3%.
Ontem, inclusivamente, foi emitida dívida a 6 anos com taxa de 1.85%.
Ora, a amortização ao FMI irá decorrer entre 2015 e 2024, com especial incidência nos anos 2016 a 2021, que representam 88% das amortizações.
Tendo em conta este dados, assumindo a taxa de 1.9% (paga nas obrigações) e a de 3.5% (paga ao FMI), por cada 1.000M€ de dívida pouparemos 16M€ em juros.
Seria interessante que se pudessem fazer emissões de dívida, com o objectivo de fazer estas trocas e, deste, modo, baixar os juros pagos nos próximos anos.
Tem-se falado muito na almofada de liquidez que o Estado construiu, mas essa almofada está a ter um custo muito elevado e que tem de começar a ser mitigado.
Assim haja força dos nossos políticos e vontade das instituições internacionais nos continuarem a ajudar.
Até breve!
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