sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre a sustentabilidade da Segurança Social



Vou escrever sobre alguns números do sistema público de pagamento de pensões. Falarei de Segurança Social (SS) para me referir à globalidade do sistema pois a Caixa Geral de Aposentações (CGA) tem fim definido, não vale a pena separar.

Desde 2008 até final de 2013:

  • as contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras aumentaram 3.5% ao ano ;
  • os gastos com pensões aumentaram 4.5% ao ano ;
  • os gastos com subsídio de desemprego (SD) 13.2% ao ano ;
  • as pensões e o SD são cerca de 70% dos gastos da SS ;
  • o défice destes 2 itens tem aumentado a uma taxa anual de 9.7%, ou 669M€ por ano (em média) ;
  • a taxa de cobertura global das contribuições, relativamente às necessidades, tem decrescido 1.2 p.p. a cada ano. Em 2008 era de 72.9% e em 2013 será de 66.8%.

Nas contribuições dos trabalhadores e entidades empregadoras, não considero aquilo que o Estado tem de transferir dos impostos para cobrir o défice.

Relativamente ao desemprego, poderá dizer-se que é algo conjuntural, mas o que é certo é que tem de ser pago.

O gráfico seguinte ilustra a evolução da taxa de cobertura.



Num próximo post, desenvolverei o tema e os números que aqui apresento.

NOTA: os números relativos a 2013 são uma extrapolação da minha responsabilidade, tendo em conta os números conhecidos até ao final de setembro de 2013.

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