sexta-feira, 28 de junho de 2013

Descascando a dívida em parcelas JUN 2013



Update:

no final de 2010, 10.6% da dívida eram Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro
no final de 2011, 7.3% da dívida eram Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro
no final de 2012, 5.7% da dívida eram Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro
no final de JUN2013, 5.5% da dívida eram Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro

Os pequenos aforradores continuam a retirar o dinheiro dos certificados, apesar da taxa ser acima de 3%, o que para já parece ser atractiva tendo em conta o perfil deste investimento.
Continua o aumento do endividamento externo, e a acumulação da liquidez na banca.

Por outro lado, deveria ser, já, viabilizado o acesso a OT em mercado primário.

Os bancos funcionariam como depositários e parte do valor das OT poderia entrar nos rácios de capital.

Haveria um maior equilíbrio e, a população em geral, poderia aceder a produtos de poupança mais aliciantes enquanto que, enquanto país, dissiparíamos alguma da dependência financeira.

Analisando os juros pagos pelo Estado, até Maio totalizaram 1844M€ (+189M€ ou +11% que em 2012 no mesmo período), sendo que 45% (26% em 2012) foram para pagar juros do empréstimo do troika. Ou seja, este ano cerca de metade dos juros pagos serão à troika. Como estes juros são mais baixos que os de mercado, acaba por haver uma poupança. Assim se consigam corrigir os déficits e começar a gerar excedente que possa mitigar as dificuldades do Estado num futuro breve.

2 comentários:

Bastiat disse...

....e entretanto vamos pagando 7.5% nos "mercados".

Pergunta-se: Se a remuneração da divida fosse de p.ex. 6%, para pequenos aforradores, será que haveria esta "fuga"? Aos bancos, o Estado paga 7.5%, aos Portugueses 3%?

E para mais, no caso dos pequenos aforradores, os capitais PERMANECERIAM em Portugal.

Mas enfim.

Trader disse...

A taxa de que se tem falado no media é a taxa em mercado secundário. A troika empresta-nos a, salvo erro, 3.5%.
Daí que o ajustamento tem de ser feito para, no final deste período, termos uma carga de juros mais amena e, por outro lado, menos déficit gerado.
Financeiramente, a troika alivia um pouco os juros. Social e economicamente, como sabemos, sufoca.